Pequena, inexperiente e
inesperada análise sobre o livro
Árvore e Folha de J.R.R. Tolkien
Digamos
que estas seriam mais algumas ideias da compreensão de uma fã sobre a obra, do
que uma ‘análise’ propriamente, não chamaria de resumo igualmente, pois apesar
do livro conter somente 106 páginas, sendo que da página 84 em diante temos o
conto ‘Folha, de Migalha’ (Leaf by Niggle), o tema geral do livro é genuinamente
extenso e profundo, que somente um mestre das palavras como o professor Tolkien
para descrevê-lo com tamanha propriedade e com poucas palavras.
“Tolkien discute a natureza do conto de
fadas e da fantasia e resgata o gênero que alguns pretenderam relegar à
literatura infantil.” (Fonte: Árvore e Folha)
Os dois
temas abordados por Tolkien se interligam na narrativa, pelo último ao
tratar-se de um conto em especial, e o primeiro um ensaio sobre o mundo fantástico,
escrito na mesma época que iniciava sua criação máxima, O Senhor dos Anéis.
No ensaio,
ele debate amplamente a significância dos termos ‘conto de fadas’, sua importância
ao decorrer das eras literárias, como e para quem foram escritas, o que era
considerada uma verdadeira história sobre o “Reino Encantado”, algumas
analogias sobre a descrição destes contos, e o desejo de torna-los possíveis,
uma fuga da vida real.
“A magia do Reino Encantado não é um fim
em si, sua virtude reside nas suas operações, entre elas a satisfação de certos
desejos humanos primordiais.” (Tolkien, pg 13)
Após discutir
a terminologia em si dos contos, ele vai em busca de suas origens, e ressalta
três tópicos para a procura: ‘a história da criação do conto está ligada a
invenção independente, a herança e a difusão.’
A fantasia
é ato humano, desde que o homem pode imaginar, ter sensações e soube
descrevê-las, não somente em seu sentido literal, mas através da linguagem
figurada, através da literatura, do “azul profundo do mar” ao “terrível sol
vermelho”, pode personificar suas mazelas em seres sobrenaturais.
Mas Tolkien
lembra que o valor relegado ao conto de fadas, foi impelido ao seu próximo título,
as ‘Crianças”, essencialmente foi está a importância conferida a literatura
fantástica, pela sua temática remetida ao mundo estranho, não era assunto para
adultos, mas segundo o professor, também não era para o mundo infantil.
Quando
criança não tinha ‘desejos em ter sonhos com aventuras, em caça ao tesouro, ou
combates com piratas’, seus interesses eram com o real, queria explorar o
mundo, conhecer mais sobre história, astronomia, botânica, coisas da
curiosidade infantil de sua época, e não sobre poesia, línguas estranhas ou
reinos encantados, que foram chamar sua atenção anos depois.
Recuperação,
Escape, Consolo
Recuperar
nosso olhar poético da vida, ver com ‘cores bonitas’, manter nosso lado infantil
pelo gosto de ler bons contos.
“Afirmei que o Escape é uma das principais
funções dos contos de fadas, e como não os reprovo é óbvio que não aceito o tom
de desdém de piedade com que tão frequentemente se usa...” (Tolkien, pg 58)
O verdadeiro
conto de fadas para Tolkien é aquele que possui como marca característica a ‘alegria’,
quem deseja criar esse mundo fantástico, essa realidade baseada na vida
cotidiana, quer satisfazer seu leitor e a si, ir além do consolo e levar
alegria, satisfazer sua tão esperada pergunta “Será real?”
Oi Lu, passando em nome do triocoffee, muito legal sua posição frente a literatura fantástica, em especial o mundo de Tolkien que é nada menos do que incrível. Parabéns. beijos
ResponderExcluirObrigada Aquila! Agradeço a atenção pelo meu blog, e o tempo dedicado a ler minhas ideias sobre este mundo Fantástico!!! Continuo esperando sempre sua visita e comentários...beijos
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