Por Luziane Palma
A
boa leitura define-se por um ou alguns fatores que escolhemos particularmente, conforme
nossas necessidades, preferências, emoções, mas um bom livro independe de tudo
isso, basta senti-lo, entende-lo.
É
fácil reconhecer, ele transmite algo de bom, puro, especial, e depois de
termina-lo você sente que algo mudou em seu coração, um sentimento de ter
encontrado a chave que une você àquele “mundo extraordinário” criado para entretê-lo.
“Para
uma vida longa e feliz”
...
este é um dos subtítulos da obra de Noble Smith, A Sabedoria do Condado, sem
delongas ou muitas palavras, o livro nos remete a um estilo diferenciado de
viver, em específico, ao modo Hobbit de viver!
Modelo
este de vida trazido para nós por um hobbit de alma e coração, mestre e
professor Tolkien, demonstrado em diversas situações em suas obras, ele nos
revelou o segredo da felicidade, de modo simples, através de seres tão
especiais, que tiveram um papel essencial e único em seu trabalho.
Que
agora chega a seus fãs através de uma bela análise, com palavras hábeis, pelo
escritor Noble Smith, suas reflexões à respeito das ações e emoções vividas nas
obras de Tolkien e o que podemos tirar de ensinamento sobre elas, “talvez”
tornarmo-nos um pouco hobbit na forma de agirmos, pensarmos, sentirmos.
Antes
de falar mais sobre a temática do livro em si, deixo aqui uma citação do próprio
Aragorn, que está no livro de Smith também:
“Deixe
que o condado viva para sempre alegre.”
Defensora
continua do tema central da obra de Tolkien, a “amizade”, sempre percebi que
este era o assunto mais notável da maioria de seus livros, a lealdade, a
preocupação com seus amigos e companheiros, e sendo assim tomei como exemplo
essa questão, para refletir um trecho na obra de Smith com o mesmo conteúdo, “A
Sociedade do Condado”, onde primeiramente é feita uma descrição das “irmandades”
(termo usado pelo autor) existentes no livro Senhor dos Anéis, amigos que foram
unidos antes mesmo da própria Sociedade do Anel existir, ressalta companheiros
unidos por laços de lealdade, persistência em manter uma amizade, Merry e
Pippin demonstram diversas vezes estes sentimentos, tanto dentro do seu núcleo
de irmandade como fora, quando unem-se aos Homens de Rohan.
Menciona
também Bilbo, no livro O Hobbit, e sua inesgotável fonte de valentia ao se ver
sozinho e decidido a salvar seus amigos anões das aranhas gigantes.
Tendo
como base esses diversos pequenos exemplos, aqui e ali, do Condado a terras
distantes de seus lares, povos e épocas diferentes, Smith nos remete ao tema
central desses personagens, os amigos.
Amigos
que mesmo longe, mesmo na doença, em suas dificuldades, não nos abandonam! E
sabemos o quanto isso é difícil hoje em dia, raro por assim dizer, poucos se
arriscam a abrir suas vidas em nome da verdadeira amizade.
Smith
cita o quão complexo é manter uma amizade nos dias atuais, está nova Era na
qual fazemos tudo pelo computador, e as conversas digitais são mais fáceis e o
tempo de cultivar amigos mais difíceis.
Livro
simples e fascinante, diversos são os exemplos, sempre com um fundo moral e
educativo, verdadeiros encantamentos de uma receita para vida feliz e simples,
a sabedoria do Condado como nos disse...
“Que
a estrela brilhe na hora que você estiver conhecendo um novo amigo, e continue
a iluminar o longo caminho de sua amizade.” (A Sabedoria do Condado, pg 124)
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