A
história de Luthien e Beren tem seu início a partir de outra narrativa, um
pouco mais triste e menos lembrada, pois foi devido à
fraqueza e desespero de um guerreiro chamado Gorlim, que Barahir e seus
companheiros foram caçados e eliminados, pois Sauron , que nesta época ainda
possuía uma forma “quase” humana, ao perceber a temor de Gorlim pelo
desaparecimento de sua esposa Eilinel, usou deste conhecimento para enganá-lo e
descobrir o esconderijo de Barahir, neste instante todos foram eliminados,
menos seu filho, que estava em uma missão distante dali, era Beren, que pode
somente retornar para enterrar os ossos de seu pai e erguem um tumulo em sua
homenagem juntando vingança.
Após
uma breve revanche sobre os orcs que haviam atacado seu povo e assassinado seu
pai, Beren vagou quatro anos por Dorthonion, um proscrito “solitário”, era um
homem temido por seus inimigos, ate mesmo pelos orcs, sua cabeça foi posta a
prêmio pelo próprio Sauron, e sua ira foi tamanha na tentativa de eliminá-lo,
que Beren teve que abandonar Dorthonion.
Foi
assim, que não se sabe ao certo Beren encontrou um caminho que chegava as
fronteiras de Doriath, entrando curvado e grisalho nos domínios do reino de
Thingol, ele à encontrou em uma noite de verão,Luthien Tinuviel, ou Rouxinol,
como ele mesmo chamou, pelo seu povo era chamada de “filha do crepúsculo”.
Mas o
amor que surgiu entre eles não era bem visto pelo seu pai, Thingol, ele não
gostou nada do relacionamento dos dois... Então ofereceu uma condição para que
Beren conseguisse a mão de sua filha. Ele deveria resgatar uma Silmaril da
coroa de Morgoth... Essa tarefa era
quase impossível, mas ele partiu assim mesmo.
Lúthien
estava determinada a completar está missão, e o auge desta aventura se dá
quando ela chega aos portões de Angband, e coloca para dormir o lobo
Carcharoth, o casal chega diante do trono de Morgoth. Lá, Lúthien canta para
Morgoth, ele dorme. E então Beren conseguiu resgatar uma Silmaril, mas o lobo
regressa e arranca a Silmaril e a mão de Beren, inicia-se uma caçada a
Carcharoth, que leva Beren a perecer nesta infeliz empreitada.
Lúthien
então pediu que Beren a esperasse nos Palácios de Mandos, onde aguardam os
espíritos dos mortos para serem julgados, após ela mesma vir a se encontrar em
frente a Mandos, ela chorou e suas lágrimas caíram sobre seus pés como chuva
sobre as pedras. E Mandos comoveu-se, e ele deu duas opções a ela: ou ela
retornava à vida imortal para viver só em Aman, ou ela voltava à Terra-média
como mortal, junto com Beren, e foi essa a opção que ela escolheu. Lúthien e
Beren passaram a viver na Terra-média uma vida reclusa, evitando qualquer
contato com homens,elfos ou anões. Tiveram um filho, chamado de
Dior Eluchíl.
O amor
entre um homem e uma imortal...
Para Beren
e Luthien não houve barreiras, diferenças e distância que os fizessem desistir
do que sentiam um pelo outro, estavam determinados a ficar juntos, quando as
dificuldades surgiram eles derrotaram-nas juntos, ela jamais pensou em falhar
em sua missão, mesmo que houvesse alguns sacrifícios que faria para ficar ao
final com Beren.
Histórias
como estas são cantadas em baladas, poemas, viraram lenda, e já não são mais
vistas nos dias atuais...
Trecho
da Balada de Leithian
"The leaves were long, the grass was green,
The hemlock-umbels tall and fair,
And in the glade a light was seen
Of stars in shadow shimmering.
Tinuviel was dancing there
To music of a pipe unseen,
And light of stars was in her hair,
And in her raiment glimmering.
There Beren came from mountains cold.
And lost he wandered under leaves,
And where the Elven-river rolled
He walked alone and sorrowing.
He peered between the hemlock-leaves
And saw in wonder flowers of gold
Upon her mantle and her sleeves,
And her hair like shadow following."
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