Olhamos
para nosso pequeno planeta e pensamos todos os dias, “O que está acontecendo
conosco? Para onde tudo isso vai nos levar?”, guerras, destruição, miséria, egoísmo,
preconceito, indiferença, são tantos os motivos de nossa vergonha, que talvez devêssemos
sonhar um pouco, e se? ... e se isso fosse possível? Vamos sonhar então...
das Edda Poéticas, em meu
último artigo defendi suas semelhanças, mas cabe agora definir suas características
segundo uma visão contemporânea, foram eles heróis em seu tempo, um modelo
criado para diferenciar o bem do mau, suas lendas tiveram como objetivo refletir
naquele momento o desejo de um povo, salvação!
Suas
histórias, bem como as nossas, são uma metáfora do que inconscientemente
desejamos, seus “Deuses” são nossos “Heróis”, precisamos de exemplos que nos
guiem, assim como a mitologia nórdica precisava de exemplos para classificar o
que era certo e o que não era, tendo de um lado àqueles que buscavam o bem e
por outro aquele que o perturbava, mas nos dois casos, tanto a figura do mau ou
do bem, temos exemplos de atitudes que exemplificam nossa vontade de mudança ou
redenção, como exemplo o “Deus Loki”...
Considerado o mais complexo de todos os deuses nórdicos, pode-se dizer que ele não é apenas sinônimo de Escuridão, como dizem, nem tampouco somente o “Mau”, é mais complicado do que isto, ele pode ser sim a consciência das pessoas, um lado que todo ser humano possui, mas nega-se a assumir, que apesar de querer às vezes fazer algo errado, sempre acaba por arrepender-se, na lenda deste deus nórdico, vemos sempre trechos que, apesar da tentativa de prejudicar os que ama, no final acaba por ajuda-los de alguma forma, exemplo nesta passagem do livro “As melhores histórias da mitologia nórdica” de Carmen Seganfredo:
Considerado o mais complexo de todos os deuses nórdicos, pode-se dizer que ele não é apenas sinônimo de Escuridão, como dizem, nem tampouco somente o “Mau”, é mais complicado do que isto, ele pode ser sim a consciência das pessoas, um lado que todo ser humano possui, mas nega-se a assumir, que apesar de querer às vezes fazer algo errado, sempre acaba por arrepender-se, na lenda deste deus nórdico, vemos sempre trechos que, apesar da tentativa de prejudicar os que ama, no final acaba por ajuda-los de alguma forma, exemplo nesta passagem do livro “As melhores histórias da mitologia nórdica” de Carmen Seganfredo:
“De toda esta brincadeira, resultou, afinal, que os
deuses ganharam alguns brinquedinhos novos para se divertir, enquanto Loki, com
uma ferida nova e inestancável na alma, tornara-se ainda mais pérfido,
decidido...”
Mesmo que
inconscientemente ele ajudou, usou sua diplomacia e como bem é descrito, Loki sabe
como dizer as verdades que menos queremos ouvir, uma forma de auto análise, mas
fica longe de ser modelo a ser seguido, assim como alguns personagens de
Tolkien, que por não se considerarem heróis, acabaram indiretamente sendo, mesmo
ainda tendo seu lado obscuro, como Loki, Boromir (guerreiro de Gondor), desejou
tomar para si um objeto de poder, mas em seu coração o objetivo era para fazer
o bem, era honrado e bom, morreu
defendendo àqueles que jurou proteger, não era
em todo somente luz, havia um pouco de escuridão em sua mente, uma linda metáfora
criada para sugestionarmos como somos fracos, e podemos mudar nossos objetivos
se houver algo maior a buscar!


O mundo
sofreu mudanças tão profundas nas últimas décadas que refletimos nossos desejos
de salvação em nossos personagens tão amados ou odiados, às vezes até mesmo em
nosso subconsciente buscamos a resposta, será que realmente não queremos, como
disse o personagem de Tom Hiddleston, Loki, no filme Vingadores: “Vocês foram feitos para serem governados”;
...não no sentido de subjugados ou dominados, mas sim administrados, comandados
com zelo. Pois neste ritmo, precisaremos tão logo de pulso firme para conter
nossos extremos, será que aceitaríamos exemplos de heróis e anti-heróis como
das telonas do cinema?

O comentário
de Hiddleston á respeito da sua interpretação como Loki é perfeito neste
momento, quando diz:
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Queremos
bons exemplos, necessitamos dessas metáforas modernas, precisamos de heróis,
mesmo que fictícios (talvez alguns reais), mais modestos e menos reluzentes que
os do cinema, mas como é um sonho, talvez alguns poucos como Super-homem,
Capitão-América, até mesmo o favorito anti-herói Batman, bastariam para um
planeta lutando para sobreviver como o nosso!
Será
realmente que “a vida não poderia imitar a arte?”, a profundidade que estes
personagens nos revelam atualmente prova o quanto estamos perto de entender
nossos reais desejos, não bastam somente grandes poderes, há por trás de suas
máscaras uma complexa variedade de qualidades, sentimentos humanos, preocupações
e frustrações, nossas emoções, refletidas em suas personalidades, alguns de
nossos defeitos também, a metáfora do descontrole emocional de Hulk, a solidão
de Batman, a decepção familiar de Loki, a auto confiança e imaturidade de Thor,
a vaidade e perspicácia do Homem de Ferro, e todos apesar disso tem em comum
sentimentos humanos, exceto Loki (que ainda busca entender seus próprios objetivos)
tem como finalidade a procura por fazer o bem.
Mitos,
lendas, heróis ou deuses, precisaremos sempre deles, sejam mitológicos ou uma
criação fictícia, como professora, tenho como modelo prático meus alunos, pessoas
em formação, que vejo a cada instante se comoverem e direcionarem suas opiniões
sempre que surge o comentário sobre determinado Super-herói, querem entender
suas ações e discutir suas personalidades, é infinito o interesse e as ideias
sobre seus personagens favoritos, seus modelos de pessoas melhores.
Então sonhemos
juntos, qual herói gostaríamos de ter por perto quando ninguém mais estiver?
Por
Luziane da Palma.
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